Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande

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Venda Refinaria de Rio Grande - 4º Aniversário

Quatro anos se passaram desde a venda da Refinaria de Petróleo Ipiranga, as soluções a vista, inexistem. Funcionários preocupados com o futuro da Empresa, fazem concursos, passam, e nos deixam, por maior estabilidade. Até quando precisaremos conviver com as dificuldades impostas pelo Governo Federal, que ao longo de 10 anos tem feito vistas grossas a nossa demanda que é justa e necessária, fornecer petróleo a preços compatíveis com os Derivados (Gasolina e Diesel) vendidos no País. Nos últimos 90 dias, o Petróleo teve seu preço majorado em 50%, passando dos U$ 80 para U$ 120 o Barril, enquanto a Gasolina e o Diesel na Bomba não tiveram nenhum reajuste. Entendemos que o “DUMPING” praticado pelo Governo Federal e a PETROBRAS com relação a nossa Refinaria precisa ter fim. É impossível continuar assim.

Acreditamos nos Trabalhadores da Refinaria de Petróleo Riograndense (Ex-Ipiranga), que com todas as dificuldades vivenciadas labutam com ordem e disciplina na busca de dias melhores. Acreditamos na riqueza do Petróleo e Hidrato de Gás da “Bacia Pelotas”, no mercado local, 55.000 ton/mês de BUNKER para os 300 navios que aportam em Rio Grande todos os meses, nas 146.000 ton/mês de NAFTA PETROQUÍMICA para a COPESUL que a REFAP não consegue atender, na demanda crescente de DIESEL MARÍTIMO, nos SOLVENTES ESPECIAIS (Normal-pentano, Nafta-11, Aguarrás, Querosene, Óleos de Processo e Solvóleos), e por fim no ASFALTO para as nossas rodovias.

Em 30 anos a Refinaria investiu U$ 100 milhões em seu parque fabril, U$ 45 milhões em 1975 na Unidade de FCC e Vácuo, em 1988 na Unidade de Geração de Energia foram alocados U$ 30 milhões e recentemente em 2001, quando da duplicação do parque fabril, outros U$ 25 milhões. Não é pouco para quem sempre teve sua produção sempre monitorada pelo Governo Federal.

A nova legislação do petróleo, Lei 9.478 de 06 de agosto de 1997, que tinha como objetivo principal, promover a LIVRE CONCORRÊNCIA, quase levou esta planta industrial a insolvência, culminando com sua venda em março de 2007. Mesmo duplicando sua capacidade produtiva, com custos operacionais semelhantes aos da PETROBRAS, não há como equilibrar matéria-prima a preços internacionais e derivados à preços internos, embora entendermos que os preços dos derivados vendidos no país que são POLITICAMENTE ADMINISTRADOS, PORTANTO CORRETOS. Aqui o equilíbrio econômico financeiro é prejudicado.

Em 2009 a Refinaria bateu todos os recordes de produção de sua história, foram 811 mil/m3 de petróleo destilados, lucro na atividade nos últimos dois anos, 2009/2010, de U$ 50 milhões, valor este equivalente a indenização que a Petrobras recebeu do Governo Boliviano pela 2 Refinarias encampadas recentemente. Em março de 2010 produziu em média 15.000 barris/dia, desde 2003 esta produção não era atingida, devido às crises do mercado de petróleo no mundo.

Acreditamos na viabilidade de uma solução, que minimize o sofrimento dos Trabalhadores desta Empresa, cuja contribuição foi fundamental na formação do Parque Industrial Brasileiro, esta REFINARIA precisa continuar gerando riquezas e emprego ao município de Rio Grande e Região Sul do Estado.

Uma “ESCOLA” não se fecha, se moderniza, se amplia, para que continue formando cidadãos como tem feito nestes 73 anos de história.

A Refinaria é técnica e economicamente viável. Mas seu futuro só estará garantido se passar integralmente para o sistema PETROBRÁS. Entendemos que a decisão é política e não econômica e só com a vontade política poderemos salvaguardar a história da Primeira Refinaria de Petróleo do Brasil, mantendo sua produção a plena carga.

A Refinaria Riograndense está para Rio Grande como a PETROBRAS está para o Brasil.

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